segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Desabafo idiossincrático

Burros, imbecis, estúpidos.
Não suporto mais a mediocridade alheia.

Seres não pensantes, cidadões padrão, bitolados, com medo de ir contra a corrente, sem crença em suas próprias idéias. Seres sem imaginação, sem visão.Meu Bacellar (Deus(se lembrem que minha religião é o Bacellarismo!))! Quanta merda!, não agüento mais estes seres providos de idiotia.

- Elitista?
Haha, só se eu sozinho for a elite.

- Porco capitalista?
Nunca mais diga isso. Tenho nojo dessas pessoas adaptáveis e produtivas, sem valores pessoais e seguidores da ditadura ideológica do comum. Maldita seja a massificação!

- Socialista então?
O Socialismo pode ser mais justo ou o que for, mas também depende da adequação de cada indivíduo e do sacrifício do individual em prol do comum, da produção, da sobrevivência; assim como no Capitalismo.

- Egoísta?
Nem é. Eu até penso nos outros de vez em quando. Mas bem de vez em quando mesmo. :-D

- Anarquista?
É, talvez. A Anarquia é bastante utópica, esse é o problema; e nunca vai existir na prática.

O Anarquismo pra mim seria o ideal, uma vez que na proposta anarquista, cada um é respeitado em sua individualidade e não há necessidade de mudar seu eu. Mas, sejamos realistas. Isto nunca vai existir.

Ou seja, em qualquer sistema social cuja existência é uma possibilidade real, pelo menos um mínimo de auto sacrifício e aproximação de um padrão de normalidade é necessário. Sim, pois para produzir, você precisa deixar de lado seus pensamentos, seu mundo e seus valores, e passar a raciocinar como eles te dizem pra raciocinar, bitolando-se em uma moral imposta. E então você começa a virar uma pessoa organizada e que segue horários, por necessidade. Fica se adaptando ao mundo, aos outros, às coisas, assassinando brutalmente tudo que há de próprio, tudo que há de original em você, tudo aquilo que você pode dizer que é seu, e se torna um merdinha.

Só um entre tantos.
Um tijolo no muro.
Um grão de areia no deserto.
Sem opiniões próprias,
com medo de ser minoria,
guiado pelo senso comum,
guiado pelo que dizem.

Que nojo.

Então o que eu faço? Viro um parasita anti-social, sem o mínimo senso de praticidade e sustentado pelos outros?
Bem, é o que parece.

(Penso agora comigo mesmo: Qual será o limite entre opinião misatrópica e psicose sociofóbica?)

Obs.: Alguém vai pensar ou dizer que 'estou viajando'.

Obs2.: Ah, é sempre assim... Os pensamentos minoritários (aqueles não compartilhados por uma maioria e que fogem do padrão de normalidade) causam repulsa e medo.

Obs3.: Mas agora que eu expus vários argumentos, não te assusto não, né?

2 comentários:

Unknown disse...

Concordo em parte com você, mas não devemos esquecer que o que faz do humano um humano, tirando o polegar opositor e o cerebro altamente desenvolvido, é fato dele ser um ser social (não que simplesmente vive em conjunto por relações instintivas mas por relações que variam da afetividade até relações de trabalho)...conclua você mesmo!

Quanto à sua crença anarquista...
bem, eu diria que enquanto você acreditar que é utopia, será utopia...
Isso não quer dizer que basta crer para ter, mas que, depois de se ter como possível, luta-se para que seja e, se possível, realizamos!!

um abraço cara

# disse...

Bah. Às vezes penso que o ser humano não tem NADA de especial.